Toda vez que o vento sopra, algumas fagulhas do passado permanecem estagnadas em locais esperando visitantes locais. Em alguma das minhas viagens pelo horizonte, visitei cômodos infectados pela brisa que se foi. Sentei num banco para ouvir o que aqueles lugares tinham a dizer, mas não me disseram nada, ao contrário, me fizeram sentir milhões de sentimentos, então toda visita tornou-se especial. Essa observação "imaginária" é fruto de uma característica peculiar que é denominei solidão consensual e declarada, não me faz mal estar sozinho perambulando em algo, me sinto a mercê dessas imersões que fazem sentido e que causam um estranhamento positivo.
Talvez isso tampouco faça sentido no futuro, todavia entendo que não posso fugir desse romance imaginário que foi criado. Aceitei visitar lugares solitários para fazer parte, consigo sentir essas vibrações que me renovam.